terça-feira, 25 de outubro de 2011

Da calanzice

São os Europeus do sul calões que merecem sofrer a austeridade como forma de redenção dos seus pecados? Vejamos:
Trabalhamos mais horas que os países do Norte
E participamos tanto na força de trabalho quanto os nordícos
Mas trabalhar não basta, então e a produtividade? Bem, a nossa produtividade tem crescido ao ritmo da dos alemães. E que dizer dos gregos, esses calões merecem mesmo levar a porrada!
Isso é tudo muito lindo, mas que somos uns despesistas do caraças é inegável, é só tipos na mama da segurança social, ao contrário dos nórdicos que são uns tipos trabalhadores e tal, ou será que é mesmo assim?
 
É melhor abrimos mesmo os olhos, assim tipo da próxima vez que o Álvaro diga que é fundamental a meia-hora extra e a redução dos feriados, porque uma mentira repetida mil vezes arrisca-se a passar a ser verdade.

Com base nisto. Felizmente ainda vão havendo fontes de informação isentas de Austeritarismo.

Da generosidade do Estado

Preocupa-me, mas pouco, que Dias Loureiro ganhe uma subvenção vitalícia de 1.700€ pelos serviços à Pátria. Preocupa-me e muito que Dias Loureiro, servindo-se da sua influência de ex-governante tenha estado ao leme de uma Sociedade de Negócios que contribuiu para a ruína pátria.

Preocupa-me, mas pouco, que Armando Vara ganhe uma subvenção vitalícia de 2.000€ pelos serviços à Pátria. Preocupa-me e muito que Armando Vara tenha tido uma ascenção meteórica no sector bancário após o seu serviço à causa pública.

Preocupa-me, mas pouco, que Jorge Coelho ganhe uma subvenção vitalícia de 2.400€ pelos serviços à Pátria.
Preocupa-me e muito que Jorge Coelho, depois de ter servido a Pátria como ministro das obras públicas, ter assumido a presidência de uma das maiores construtoras do país.

Preocupa-me, mas pouco, que Joaquim Ferreira do Amaral ganhe uma subvenção vitalícia de 3.000€ pelos serviços à Pátria.
Preocupa-me e muito que Joaquim Ferreira do Amaral, após ter dirigido o processo negocial da ppp que resultou na construção da ponte Vasco da Gama, ter ido prestar os seus serviços à contra-parte desse negócio, a Lusoponte.

Preocupa-me, sobretudo, que o povo se deixe enredar por este spínning, que, imagino, deve ter vindo directo do gabinete do plenipotenciário ministro Relvas, direitinho para as páginas dos jornais, prontinho a surfar onda de descontentamento do povo martirizado, assim como quem diz "Ah, bem, afinal esta chularia também vai pagar". Tenho notícias: Não vão, isto para esta gente não passa de um pratinho de minduíns